História
A história da Lapinha da Serra nos leva à região da Serra do Cipó, cuja história remonta os tempos pré-coloniais, quando os índios Xacriabás e Xavantes ocupavam a região. Essas tribos indígenas encontraram na Serra do Cipó um ambiente propício para viver, com rios caudalosos, vegetação exuberante e uma grande variedade de animais.
Com a chegada dos colonizadores europeus, a região começou a ser explorada e teve um papel importante no ciclo do ouro em Minas Gerais. Os bandeirantes e exploradores, em busca de riquezas minerais, percorriam as trilhas da região, desbravando as serras e atravessando rios.
No século XVIII, com a descoberta de ouro na região de Morro do Pilar, surgiu o caminho da Estrada Real, que passava pela Serra do Cipó. Essa rota comercial tornou-se uma importante ligação entre as regiões produtoras de ouro e diamante de Minas Gerais e o porto do Rio de Janeiro.
Com o fim do ciclo do ouro, a região da Serra do Cipó passou por um período de relativo esquecimento, com a atividade econômica centrada na agricultura de subsistência. No entanto, foi a partir do século XX que a Serra do Cipó começou a ser descoberta por aventureiros, artistas e amantes da natureza, estimulando o turismo por toda a região da Serra do Espinhaço, inclusive a Lapinha da Serra.
Lapinha da Serra é um pequeno vilarejo do município de Santana do Riacho, repleta de encantos, localizada a aproximadamente 130 quilômetros de Belo Horizonte – um verdadeiro refúgio natural que preserva a história e a cultura da local.
Tornou-se um destino para quem busca tranquilidade e contato com a natureza. Suas ruas de terra e a simplicidade do meio rural preservam o charme de um passado distante. A comunidade local, com seu jeito acolhedor, recebe turistas de todas as partes do Brasil e do mundo.
Além das belezas naturais, a Lapinha da Serra também possui uma rica cultura local. A culinária típica, com pratos como o frango ao molho pardo, o pão de queijo mineiro, arroz arbóreo vermelho, amendoim preto e feijão andu encanta os visitantes. As festas tradicionais, como o congado, o batuque, o arraial e as folias de reis mantêm viva a tradição e a identidade da comunidade local.